Caminho de Santiago Balugães-Ponte Lima
O Caminho de Santiago foi um motor impulsionador do desenvolvimento de Portugal nos seus primórdios. A língua que falamos e que o Rei D. Dinis oficializou como língua deste pedaço de terra desenvolveu-se e as cidades cresceram nasceram e cresceram ao longo do Caminho.
O Caminho também se faz conversando... A etapa que se segue é ainda no Minho. A paisagem verde rodeia-nos. Os caminhos de terra batida entram nas aldeias, passam às portas das casas onde somos tratados com bons velhos vizinhos.
Ainda na frescura da manhã.
Esta etapa tem cerca de 18 km. Inicia-se em
Balugães após um saboroso café, no mesmo onde vimos a Selecção no fim da última etapa.
Após verificar os mantimentos e água da etapa começa o caminho.
As mulheres das comunidades minhotas sempre tiveram um papel activo na sociedade que integravam. Quando os homens partiam para a guerra ou migravam eram elas que que mantinham a
família e muitas foram o único sustento das suas casas. Hoje como
passado participando do trabalho...
Caminhando...cada um ao seu ritmo.
O Caminho percorre montes e campos.
Cruzeiros e capelas ladeiam o caminho. Alguns em mau estado.
Velha ponte medieval de um só arco a necessitar de um corte na vegetação.Ao lado a capela da
Sra. das Neves convida a uma pequena paragem para beber ...água.
O fim da etapa a vizinha-se, a ponte que deu nome ao lugar aparece ao longe.
A velha ponte cruza o rio que os romanos chefiados por
Decio Brutos
Junos temiam ser o mitológico rio
Lethes, o rio do esquecimento.
A beleza do lugar era tal que só podia ser igualada pela mitologia. Assim recusavam-se a atravessar com medo de esquecerem todo o passado.
Não tão selvagem como
Decio a viu, Ponte Lima é um lugar cheio de História, beleza natural e locais para se perder à mesa (será verdadeira a lenda do rio?). Papas de sarrabulho,
rojões e outros
petiscos que se perdoam a quem fez 18 km e ainda tem muito para andar...
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