lugares e sensações

sexta-feira, agosto 31, 2007

China Town

Viver e morrer em San Francisco

Não o tema não é a morte por VIH/SIDA de que tanto se ouviu falar na década de oitenta. O tema morrer na China Town de San Francisco. Se de repente ouvir sirenes, batedores, limosines,.. a uma velocidade louca e sem qualquer regra não, não é nenhum político ou pode não ser... É que os funerais dos chineses tem prioridade sobre tudo inclusive sobre o verde para peões nas passadeiras. Se não tiver atenção, o próximo cadáver pode ser você e provavelmente sem prioridade...
Quando passa o funeral, chinês, uma miríade de papeis brancos (cor do luto chinês) são atirados pelos batedores e ficam pelo chão - Cá entre nós, uma lixeira.

Entretanto vai se recuperando o ritmo cardíaco de quase ser atropelado por aqueles tresloucados.

Será que a ideia é livrarem-se do cadáver o mais rapidamente possível e a qualquer custo?

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Sequoias and Kings Canyon National Park
A Zona de Kings Canyon é menos popular que as Sequoias, mas não menos interessante. Um rio calmo, no Verão, contrapõe-se aos altos picos montanhosos que o rodeiam. Numerosos percursos a pé partem da estrada. Conforme a nossa capacidade física e disponibilidade de tempo podemos optar e prevenir varizes, colesterol, diabetes, é só caminhar...e como disse um Presidente Americano:
Qualquer caminho começa pelo primeiro passo...
Se se sem coragem pense como a publicidade
Keep Walking!
No fim vai valer a pena.

Também aqui as sequóias parecem querer tocar o céu
Faz lembrar a ponte do Rio Homem, Gerês, só que aqui tem tábuas no Gerês tem buracos...
Como num quadro
Há patos com sorte
O caminho entre as árvores, afinal a aventura começa quando se sai da estrada como diz a publicidade

O rio corre manso neste verão que se adivinha quente em Kings Canyon

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quarta-feira, agosto 29, 2007

Pode ter sido azar

Three Rivers/ Sequoias and Kings Canyon National Park

Já passava das 21 horas quando encontramos um restaurante, o primeiro não mexicano, em Three Rivers. A maioria já tinha jantado.

A fome e o cansaço suficientes para comer qualquer coisa antes de dormir. A ementa era simples pasta ou pizza. Optamos por esparguete com almôndegas. O resultado superou as nossas expectativas no pior dos sentidos. A massa era o habitual, porém as almôndegas, meat balls, eram algo entre um disco voador e uma bola de râguebi com sabor a comida mexicana. Incomestíveis, apesar de todos gostarem de massa. Retiramos aquela mistela para o lado e comemos o esparguete misturado com água e Coca-Cola…A outra opção era ir para a cama com fome.

O almoço no parque nacional foi comida típica destas bandas…só se cozinha depois das 17 horas… Portanto saladas e sandes.

Crystal Cave- uma das muitas grutas do parque- a única aberta ao público
Crystal Cave
O jantar seguinte, acredite-se ou não:

-A esta hora só pizza – informa a solícita empregada de mesa.

Pedimos a maior com medo que talvez não chegasse. Resultado: Pedimos uma caixa no fim para trazer o resto, mais de metade, por vergonha de a deixar em cima da mesa. O destino foi o caixote de lixo mais próximo. Assim escapamos à pergunta incómoda, se não gostávamos da comida.

Crystal Cave- uma gruta de mármore, resultante da alta pressão e temperatura a que foi sujeito o calcário

Se a comida era miserável o parque não é. A 7000 pés, cerca de 2100 metros, de altitude ao contrário do que aprendi na escola a vegetação não é rasteira.

O fogo renova a floresta
Só ao longe se consegue abarcar a grandeza da árvore
O maior ser vivo conhecido, uma sequoia
O gigante e o humano

A cria à procura da mãe

Este é o habitat de árvores gigantescas que desafiam o tempo e as condições climáticas. Algumas com mais de mil anos permanecem de pé e como árvores morrem de pé. O fogo que por vezes ocorre pelos raios da trovoada renova a floresta e permite o nascimento de mais sequóias ao queimar as pinhas.

Só a comparação com o ser humano permite ver o tamanho das gigantes
O senado vegetal
A raíz
Mesmo após a morte da árvore a madeira de sequóia é muito resistente aos fungos devido ao facto de não ter resina. Assim encontram-se árvores mortas há muito tempo em perfeitas condições.
Sequoia morta, fonte de nova vida
Materiais de construção...

Imponentes e admiráveis são termos que não conseguem descrever estas árvores mas são as únicas que encontro. Porém o parque não é só sequóias. Em menos de 12 horas vi três ursos negros, um dos quais era uma pequena cria. Saímos dali antes de ver a mãe, o encontro provavelmente não seria agradável… Esquilos, veados, e outros animais tem aqui residência habitual. Dispersas pelo parque há imensas grutas, porém apenas uma está aberta ao publico- Crystal Cave. O número de visitantes é limitado. O CO2 destroí o que a natureza levou milhares de anos a construir. A gruta apresenta formações em mármore resultantes da pressão e temperatura a que o calcário foi sujeito aquando da sua formação.

Um abrigo de gerações dentro duma sequóia
Nos prados da montanha, a vida fervilha, a presa vigia o predador
A linha do horizonte - a partir de Moro Rock, um monolito de granito

As estruturas hoteleiras não são tão boas como noutros parques talvez por isso haja menos turismo por estas bandas, o que torna o lugar ainda melhor.

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terça-feira, agosto 28, 2007

Rumo ao Sul- The Big Sur

Pacific Coast Highway -USA

Onde a terra e o mar se encontram

O destino, à saída de San Francisco, era Three Rivers, o local mais perto do Sequoias National Park (onde nos foi possível arranjar hotel pela net).

Estávamos em Monterrey, início da tarde. A estrada San Francisco Monterrey tinha-se revelado deslumbrante e as descrições que nos deram da paisagem até Los Angeles contribuíram para a nossa decisão. Fazer metade do caminho fazendo um desvio por uma missão no meio da serra por uma estrada secundária. Porém não vimos tal estrada. Numa das poucas bombas de gasolina perguntamos onde ficava. A resposta foi curta – você não gostaria de ir por lá. Devíamos ficar preocupados porque tínhamos muita estrada pela frente, mas não ficamos, era a justificação que precisávamos para fazer o resto da estrada.

O mar e a montanha a perder de vista
Quase sem povoações, entre o mar e a serra, a estrada faz-me lembrar outra na Croácia, porém sem o movimento, as tendas e os turistas, apenas a serra e o mar. As praias, selvagens, são raras e a montanha apoia-se no mar por ravinas por vezes atravessadas por pontes.
A costa dos leões marinhos
Uma ilha para descanso e uma grande piscina...
Os indígenas mais inesperados foram elefantes e leões-marinhos que apenas tínhamos visto em Zoológicos. Chegamos a Three Rivers de noite, cansados, cheios de fome, mas ainda bem que não encontramos a tal estrada.
A grande família dos elefantes marinhos, dietas não é com eles...
Os que discutem e...
os que descansam...
Que cena tão familiar à espécie humana

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segunda-feira, agosto 27, 2007

Monterrey, USA

Era um antigo centro de indústria conserveira até que os bancos de pescado diminuíram e deixaram de justificar a sua existência. Hoje depende do turismo e este depende do seu aquário. Instalado em antigas fábricas de conserva revela-nos a fauna e a flora do parque marinho de Monterrey bem como de outras áreas do planeta. Ao largo de Monterrey e prolongando-se a norte e a sul fica o Monterrey Bay National Marine Sanctuary. É tão extenso como Yellowstone e Grande Canyon juntos. Logo a seguir à costa um Canyon profundo permite a existência de habitats muito diferentes, um verdadeiro santuário da vida marinha.

Associado às explicações científicas há actividades para crianças, elas gostam, os pais, esses têm que juntar toda a sua energia para os seguir. Não falta o restaurante de comida típica…., as lojas com motivos alegóricos e alguns livros interessantes.


Tão lindas como perigosas
Parecem irreais
O senhor do aquário
Preferido dos miúdos

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domingo, agosto 26, 2007

Aquário de Monterrey

Presas num aquário cilíndrico

Rodam, rodam, rodam num corrupio louco à volta de nada, presas no vidro do aquário. Repetem os movimentos que as mantêm vivas no mar infinito.

O cardume de anchovas faz-me lembrar os presos agarrados a rituais diários para se manterem o mais normal possível até ao dia da liberdade, mesmo que improvável.

Quando olhamos para elas lembramo-nos do mar, da liberdade, do nadar harmonioso do cardume e da sua necessidade de permanecer unido. Porém aqui parece um baloiçar sem razão que nos prende o olhar e nos questiona sobre o direito de as prender.

O grupo e a liberdade- as anchovas

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sábado, agosto 25, 2007

San Francisco, USA

Os Lugares que me falaram...
O Jardim JaponêsO Rochedo, o mar, o vento, a solidão,...o crime
Golden BridgeMemorial de um Homem que tinha um Sonho- I Have a Dream...A linha do horizonteA Pirâmide TransamericanaGolden Gate Park
O Pavilhão Chinês

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sexta-feira, agosto 24, 2007

San Francisco, USA

Algures perto do Parque Nacional de Yellowstone um empregado de mesa seguido do seu chefe aproxima-se da nossa mesa e diz:
_ I`m your server tonight.
Confesso- a vontade de rir custou a conter perante tal expressão associada à voz e aspecto do empregado.

Esqueçam. San Francisco não é assim.
No primeiro dia o dono do restaurante sentou-se ao nosso lado a conversar sobre as diferenças entre Portugal e os USA, sobre percursos e coisas a visitar entre San Francisco e Monterrey...

No segundo dia o jantar foi num restaurante italiano. Esperávamos a comida quando o dono do restaurante se aproximou de nós pedindo-nos se poderíamos mudar de mesa, para poder juntar mesas para um grupo maior. O jantar ficaria por conta dele. Obviamente mudamos de mesa, mas não levamos a sério a oferta do jantar.

Afinal era a sério, não pagamos o jantar e o dono veio calorosamente despedir-se de nós.

O frio de San Francisco é o do ar do Pacífico. Esta é de facto uma América mais calorosa que a dos estados mais a norte.

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sábado, agosto 04, 2007

San Francisco, USA

A luz faz lembra a luz da nossa costa, mas o frio parece o do ínicio da Primavera em Portugal. O verão não chegou aqui, apesar do sol lindo. A subida das colinas tira-nos o casaco, como na história do vento e do sol, mas um vento gėlido logo nos obriga a vesti-lo. Quanto aos americanos parecem mais descontraídos que noutros lugares será do sol, do vento ou do mar ?

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