lugares e sensações: abril 2010

Delfos, o lugar da Pitonisa

Grécia

Após cruzarmos a ponte do golfo de Corinto, viajamos com destino a um dos lugares místicos da antiguidade grega, Delfos. A estrada circula ao longo do Golfo de Corinto até Itea. Nesta pequena cidade desvia-se para norte ao longo de um imenso olival que os gregos apelidam de mar de oliveiras. São centenas de milhar alinhadas como um exército. Logo deixamos a planície e começamos a subir a encosta do monte Parnaso cujo cume atinge os 2457 metros, nesta planície colada ao mediterrâneo é uma montanha imponente.

Delfos fica na encosta sul dominando a paisagem. Da antiga Delfos restam as ruínas, a história e a mitologia.

O mais conhecido oráculo grego era aqui revelado por uma mulher, a pitonisa. No inicio teria sido uma idosa e mais tarde uma mulher mais jovem, porém sempre mulher e muito provavelmente conhecedora da politica da altura e do espírito humano.

Reza a lenda que certo rei a consultou para saber se devia entrar em guerra, a resposta foi, se entrares em guerra um grande império se perderá, o rei entrou em guerra. Com efeito perdeu-se um império, o dele mesmo. A ganancia humana turva muitas vezes a razão e o discernimento,...

Mas voltemos à figura da pitonisa, era mulher, entrava em transe não se sabe muito bem como, falava por enigmas e a comunicação aos resto dos humanos era feita por um sacerdote homem.

Assim, temos o elemento feminino a comunicar com os deuses e o masculino com a humanidade, será assim que devemos entender isto?

Não sei mas, de facto a mulher, pitonisa de Delfos, teve uma importância tão grande que até Miguel Ângelo a imaginou no tecto da Capela Sistina.

A bela pitonisa ou sibila de Delfos de Miguel Ângelo, Capela Sistina

Tesouro de Atenas, no caminho sagrado de Delfos

O rochedo da sibila, aqui diz a lenda a sibila revelava a resposta do oráculo, após entrar em transe na fonte de Castália. Debaixo do rochedo estava a Piton, filha de Gaia, morta por Apolo