lugares e sensações

quarta-feira, outubro 31, 2007

Caminho de Fátima 4

Albergaria-a-Velha a Avelãs de Caminho
São cerca de 26Km entre as duas localidades. O início é percorrido pela Nacional 1 o que exige atenção dobrada aos veículos que circulam por norma em excesso de velocidade.
Rio Vouga
Ao entrar no concelho de Águeda um pequeno sinal redondo de cor azul indica-nos o Caminho. Pouco depois de atravessar as vias de acesso da A25 atravessa-se o Rio Vouga. A ponte elevada permite uma vista sobre o rio que se espreguiça lá em baixo.

A Virgem da Ponte do Marnel

Mais à frente uma ponte medieval revela-nos um caminho muito mais antigo. A velha ponte do Marnel desafia o tempo num lugar idílico. Aqui perto ficam as ruínas de uma antiga cidade romana, Talábriga, que ficava na estrada de Olisipo a Braccara Augusta. Outros tempos, quanto a nós, após comermos umas sandes, continuamos o nosso caminho até Águeda.

A água e a oração

Onde está a harmonia?
Mais um museu fechado
O sinal do Caminho
Mais uma capela no meio da estrada...
Famel periquita- memórias das duas rodas e da minha adolescência
Por aqui almoçamos e procuramos números de telefone de Táxi o que se veio a revelar fundamental.
Continuamos o trajecto indicado pelos sinais dos peregrinos. Encontramos então um grupo de peregrinos, três, com apoio familiar por carro. O calçado inadequado dava os seus resultados. Apresentavam os pés completamente cobertos de algodão e paravam cada 200 metros. Mais do que preparação física a escolha de calçado é fundamental.
Mais carris que comboios
Hospital de Águeda
A ponte sempre florida
Adeus a Águeda
Rotunda da bicicleta
Fim de tarde no Caminho
Mais uma rotunda com um cruzeiro
E não bastam os cruzeiros antigos, se é um cruzamento tem que ter capela...
O presente e o passado
Longe do IC2, os outros caminhos de Fátima

Uns quilómetros a sul de Águeda a Nacional 1 une-se à IC2. O trajecto indicado pelos sinais dos peregrinos segue por lá. Nós optamos por um desvio que segue por Aguada de Baixo. A rota dos vinhos da Bairrada segue por aqui. Foi uma boa opção. O caminho é pouco frequentado, verde e passa por algumas povoações e quintas. No inicio tivemos dúvidas e perguntamos num café se aquele era um bom caminho. A resposta foi a de sempre. Para Fátima era melhor IC2 (mesmo a pé!). Consultamos então o GPS. Ainda bem que existe... e mostra outras estradas além da IC2…

A cor dos muros
Mais uma capela ao centro
Quinta da Bairrada
As alminhas privadas
Lugar de descanso
Alminhas privadas
Uma capela sem cruzamento!
Uma opção quando não há outras opções...na lavagem da roupa.
Uma capela entre a rua e a Nacionnal 1
Chegamos a Avelãs de Caminho ao anoitecer. O único táxi da povoação não estava de serviço. Os números que tínhamos recolhido no turismo de Águeda valeram-nos a viagem de volta até Albergaria-a-Velha.
Chegamos a Avelãs de Caminho
Nem no Minho vi tantas capelas e alminhas. Será a Nacional 1 e os acidentes que lá ocorriam a razão? Não sei, mas, certo certo é que capelas a impedirem a visibilidade no meio de cruzamentos não dão bom resultado. Quanto ao gosto das construções é por vezes duvidoso. Quando comparo estes pequenos monumentos de devoção com os do Caminho de Santiago questiono-me se esperamos que os vindouros gostem disto ou que sejam descartáveis como quase tudo hoje.




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sábado, outubro 27, 2007

Caminho Fátima 3
Oliveira de Azeméis a Albergaria a Velha

O trajecto entre Oliveira de Azeméis e Albergaria-a-Velha é de cerca de 18 a 20 km. A incerteza d a distância percorrida deve-se ao facto de termos tentado fazer o caminho de Santiago ao contrário. A falta de setas amarelas ou azuis obrigou-nos a percorrer um caminho um pouco maior do que seria de esperar. Um GPS e um PDA felizmente permitiram-nos a encontrar o fio da meada um pouco mais à frente. Portanto, o caminho foi um misto de Caminho de Santiago, Nacional 1 e estradas secundárias. Perguntar aos habitantes locais por onde é o caminho é inútil. Desconhecem qualquer outro que não seja a Nacional 1 e olham para nós com ar estranho quando dizemos que não queremos ir por lá.

Foi claro para nós que se quer chegar rápido a Fátima, o caminho é mesmo a Nacional 1. É pena que o trajecto que mais portugueses fazem a pé seja feito ao longo duma via desta perigosidade por falta de opções válidas.

Estes cerca de 20 km levaram-nos por zonas rurais bem bonitas. Alguns campos aguardavam ainda a colheita dos frutos do trabalho de um ano agrícola.
Perto de Branca e depois de uma sequência de pastelarias lá encontramos um restaurante onde comemos leitão aquecido. A fome e a falta de outras opções foram razões suficientes para comer sem protestar.
Chegamos a Albergaria a meio da tarde e queríamos voltar para Oliveira de Azeméis. Mais uma vez tentamos os transportes públicos. A estação dos caminhos-de-ferro, ou o que resta dela estava encerrada. Perguntamos num café próximo quando seria o próximo comboio. A resposta foi...
-Só passam dois comboios por dia. Não há horário certo. O cobrador sai para fechar a passagem de nível entrando de seguida no comboio.
Isto será mesmo assim? Certo, certo, é que não há horários afixados…
Procuramos a estação de camionagem…
Autocarros para Oliveira de Azeméis? Não há.
Após observação atenta dos horários afixados, verificamos que havia um para o Porto ao fim do dia. Questionamos novamente as informações. Afinal sempre havia, mas, há sempre um mas, apesar de ter paragem em Oliveira de Azeméis, teríamos que pagar o transporte até ao Porto…
Albergaria a Velha
Assim vai o país ao Domingo. À porta da estação de camionagem um táxi aguardava as falhas dos transportes colectivos. Foi ele que nos trouxe de volta.

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