lugares e sensações

sábado, maio 31, 2008

Flores selvagens, Portugal

Mais uma flor que eu não conhecia...

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sexta-feira, maio 30, 2008

Flores silvestres, Portugal


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quarta-feira, maio 28, 2008

Parque Natural Serra de Aire e Candeeiros, Portugal

As flores e os insectos

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terça-feira, maio 27, 2008

Parque Natural Serra de Aire e Candeeiros, Portugal

Flores de Maio

Papoila vermelha

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segunda-feira, maio 26, 2008

Flores selvagens, Portugal

Há flores estranhas, exóticas, diferentes ... de terras longínquas. Esta flor, porém, é tudo isso e encontrei-a no polje de Mira-Minde.

Espantosa!

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sábado, maio 17, 2008

Fim de tarde num lugar inesquecível
Grand Canyon


Onde sobreviver é difícil...

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sexta-feira, maio 16, 2008

Em vias de extinção


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quarta-feira, maio 14, 2008

Meteor Crater, Arizona, USA

Há 50000 anos uma pedra caía do céu e fez este enorme buraco. A maior parte do meteoro evaporou antes de tocar o solo, mesmo assim a potência da explosão foi superior a 150 bombas de de Hiroshima. E, pode voltar aacontecer...




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terça-feira, maio 13, 2008

Uma girafa em Berlin

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segunda-feira, maio 12, 2008

Todos os caminhos vão dar a Fátima
De Memória a Fátima, cerca de 25km
A última etapa

A meio da tarde de 10 de Maio e, após um exagerado almoço, resolvemos não esperar pelo dia 11 para começar a última etapa. Assim por volta das 5 da tarde saímos da freguesia de Memória na direcção de Fátima. Deixamos o nosso carro na aldeia após contactar o taxista da mesma.
A intenção era fazer cerca de 7 km. Esta etapa apresentava algumas dificuldades já que alguns troços não veem nos mapas de papel, nem nos mapas GPS da Michelin, Ndrive ou Google Maps. A solução foi procurar no Google Earth, juntar a informação das diferentes fontes e acreditar que numa área tão povoada as aldeias criam ligações entre si. A nossa intuição estava certa.



Memória fica num ponto elevado e o caminho para sul faz-se por um vale cultivado com vinhas verdes e bem tratadas.

Vale Porto de Freiria

As estradas estreitas e sem trânsito descem o vale entre flores e vinhas. A sinalização nem sempre ajuda e a leitura dos mapas deve ser atenta sob pena de se seguir a estrada errada.

O vale desce até à freguesia de Matas. Aqui um pequeno desvio por um caminho de terra poupa-nos a uma subida e leva-nos mais à frente à estrada em direcção a Ninho de Águia.

Desvio em caminho de terra em Matas
Desvio de Matas
Um pouco à frente a estrada acaba, é aqui que se inicia um dos troços apenas visualizados no Google Earth. No inicio uma pequena placa diz - Fátima. Segue-se uma estrada de terra de fácil caminhar. Alguns quilómetros depois surge a freguesia de Ninho de Águia, embora não tenha nenhuma placa identificativa. Não há, também, nenhuma indicação quanto à direcção a tomar. Um pouco depois da igreja uma estrada muito estreita (mais parece a entrada dum quintal) e a subir parece coincidir com o nosso mapa (Google maps).
Caminho entre Matas e Ninho de Águia

Ninho de Águia no caminho para Vale do Feto

Seguimos então na direcção de Vale do Feto. Nesta aldeia cruzamos uma estrada mais importante (mais larga), viramos para a direita e procuramos novamente algo semelhante a um caminho que vinha no Google Earth. Encontramo-lo. Uma pequena placa indica "Sobral, centro". O trajecto é em terra até Sobral. Atravessamos a aldeia e a estrada nacional 113, estávamos a 6km de Fátima e a noite estava a chegar. Deixamos o resto para o dia seguinte embora a tentação de caminhar durante a noite fosse enorme.
Caminho para Vale do Feto
Trajecto de Vale do Feto a Sobral
Na manhã de 11 de Maio retomamos o caminho no mesmo lugar e seguimos para Fátima. Em Santa Catarina da Serra encontramos uma multidão de peregrinos das mais diversas cidades que vinham do Norte e que seguiam, cantando, rezando, conversando ou em silêncio, o seu Caminho para Fátima.
O que mais impressiona no entanto, são os pés de alguns. Esta é concerteza a caminhada da sua vida porém, não se prepararam para ela. Caminham com chinelos de quarto com lenços de papel a servir de amortecedor, mancam, tem os pés inchados (por baixo de meias que escondem outras desgraças) e só a vontade de chegar os move até à exaustão.
A caminhada da vida... de Santa Catarina da Serra a Fátima
Cristo e a multidão
Chegar a Fátima (principalmente) depois desta longa caminhada é uma emoção. Cristo estilizado na sua Cruz sob a Cova da Iria ao lado da Igreja parece ser o símbolo de todo o sofrimento dos peregrinos que para aqui caminham trazendo as suas dores, angústias e esperanças.
Altar da Igreja da Santíssima Trindade
A nova Igreja é enorme, clara, minimalista mas, não convida à oração ou introspecção como as velhas igrejas góticas, talvez fosse da multidão que entrava e saía curiosa, talvez...mas aquele Cristo sem olhos, cabeça erguida, rosto duro, mais músculos nas pernas que nos braços, que parece ter vindo a pé a partir de Jerusalém até aqui, não corresponde à minha ideia de Cristo.

Um Cristo sem olhos? Não chega a cegueira do Homem?

A missa campal teve, ao contrário do que esperava, como tema da homilia o aniversário da actividade do Padre Brás. Num lugar como Fátima, altar do mundo, os temas deviam ser os do mundo. Não me parece que pessoas dos quatro cantos do mundo estejam interessadas na actividade do Padre Brás, por muito meritória que ela fosse.
O grande altar
Ameaça de chuva
A missa
O Adeus
A Procissão do Adeus
A Virgem de todas as preces
O lugar onde tudo começou
A Igreja da Santíssima Trindade
O brilho do sol entre nuvens


Despedimo-nos de Fátima olhando pela última vez para Cristo preso na sua cruz, cabeça pendendo sobre a multidão da Cova da Iria lembrando todos os Homens que sofrem com o consentimento e silêncio dos restantes.
Esta foi a nossa segunda grande caminhada, a primeira foi a Santiago de Compostela. Foi feita em etapas, sem desespero, sem dor, com algum cansaço e persistência e com a certeza de que qualquer grande caminho começa pelo primeiro passo.

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