lugares e sensações

domingo, maio 29, 2011

S. João de Rila, Montanhas de Rila, Bulgária
Ao entrar na Bulgária deparamos com um segundo alfabeto, diferente do nosso, diferente do grego, mas nada de muito complicado.
Aqui as placas estão quase sempre em cirílico, e, às vezes não há placas. Nada a que não estejamos habituados neste cantinho ocidental da Europa.
O destino é Rila, o Mosteiro.
Foi fundado por S. João de Rila um ermita do século x, cuja gruta se encontra nesta montanhas. A gruta, um buraco coberto por granito tem um orifício para o exterior por onde só passam o puros de coração, eu consegui passar,...
O mosteiro foi durante a ocupação otomana o centro espiritual da Bulgária, um país na fronteira entre o Cristianismo e o Islão.
A entrada do moseiro é discreta quando comparada com o seu interior, um dos patios é publico e gratuito um segundo e o museu são públicos mas pagos.
E, se vale a pena ver os primeiros os segundos são imperdiveis. Não há nenhuma bilheteira nem sequer sinalização. Andamos às voltas até encontrarmos um senhor vestido à civil mas com cara de sacristão. Era ele que vendia os bilhetes. Poucas pessoas vão visitar este segundo pátio. O nosso grupo éramos nós um padre de Varsóvia, um teólogo alemão e um padre do Bornéu. Estranho? Quando chegamos a uma das pequenas igrejas do segundo pátio estava fechada, decorria um baptizado. Quando terminou abriram a porta convidaram-nos a entrar e ofereceram-nos chocolates como se fossemos da família. Uma hora depois de acompanharmos um funeral, participamos da festa dum baptizado, é o ciclo da vida.

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quinta-feira, maio 26, 2011

Passar uma fronteira na Europa

Grécia e Bulgária


Quando programamos ir a Grécia continental o programa incluía ir também a Bulgária. Mas como passar a fronteira num carro alugado?

Apenas a Avis permitia a passagem da fronteira com um custo adicional de 2000 euros. Incluía um seguro adicional por todos os dias de viagem incluindo os da Grécia.


Demasiado caro para passar uma fronteira!

A opção foi o comboio. Dirigi-me a uma agência de viagens para comprar bilhetes para o comboio internacional Tessalonica ate a primeira cidade búlgara. Impossível, o melhor era ir a CP. Fui a estação de S. Bento pedi os bilhetes Tessalonica -Sandanski. Bilhetes para onde? Ate o empregado do lado veio espreitar, senti que estava a pedir bilhetes para Cabul. Sai sem bilhetes. Procurei na net. Só na empresa de caminhos de ferro alemã havia horários dos comboios, mas não havia forma de confirmar que esta em correctos, nem preços, nem reservas.

Por causa disso ao fim do dia, e logo que chegamos a Tessalonica fomos comprar os ditos bilhetes. Sem dificuldade compramos bilhetes para o dia seguinte.


Ao nascer do dia deixamos o hotel e uma das malas, na volta dormiríamos novamente ali.

A viagem de cerca de 50km demorou mais de 3 horas. A passagem fronteiriça é indescritível. O SEF de cada lado passa a pente fino cada passageiro e fazem-no em tempos separados e bem prolongados,....

Um policia leva os passaportes, outro olha para nos, outra carimba, outra coca-se, literalmente!

A estação de Sandanski fica a alguns quilómetros da cidade, mas o carro alugado a uma agência local pela net estava lá com um jovem de aspecto cigano e, foi então que percebemos que o deposito para levar o carro era em cash. Lá fomos todos juntos levantar a dita quantia.Nos ficamos com o carro ele com o dinheiro. O carro parecia emprestado pelo dono da empresa, bem diferente dos carros "impessoais" da Avis. Mas funcionou lindamente e com matricula búlgara nunca fomos incomodados pela policia, ao contrário de outros turistas com carros estrangeiros.

O destino era Rila um bastião da nacionalidade búlgara. Antes seguimos um cortejo fúnebre,...

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quarta-feira, maio 25, 2011


Vergina, Grécia
Uma viagem de mais de 2000 anos
Ninguém sabe onde está o túmulo de Alexandre o Grande e muitos são os locais onde dizem poder estar.
Criou um Império tão grande que ia dos Balcãs à Índia.
Mas o seu pai, Filipe II da Macedónia, foi quem lhe proporcionou as bases que lhe permitiram a construção do Império.
E, se não podemos encontrar o túmulo de Alexandre podemos encontrar o do pai. Virgina fica perto de Tessalónica no norte da Grécia. Vem com 3 estrelas no guia Michelin mas nada nos prepara para o que veremos em Virgina.
Uma coisa é vermos um museu com tesouros catalogados outra é entrarmos no lugar, sentirmos a magia de uma viagem no tempo, o impacto que deve ter tido o arqueólogo quando se deparou perante o tesouro.
É património mundial, não se pode tirar fotografias, mas a net está cheia delas.
Imaginem uma mamoa gigante com os túmulos lá em baixo com as sua colunas, os seus frescos, as suas histórias de vida e de mitologia e o seus tesouros. Num museu qualquer eram apenas ouro com história, aqui tem um "brilho" diferente.
Segundo os dados oficiais da Unesco este é o túmulo de Filipe II da Macedónia, o rei inteligente e diplomata que preparou Alexandre o Grande e que dizem ter sido envenenado por uma das suas mulheres, a mãe de Alexandre.
Segundo alguns historiadores trata-se do túmulo de familiares directos de Filipe mas não do próprio, de qualquer forma um lugar que Alexandre terá preparado para aqueles que o precederam.
Um lugar imperdível, quer se goste de historia ou não.

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terça-feira, maio 24, 2011

Desfiladeiro de Vikos, Montes Pindus, Grécia
Longe dos turistas à molhada, das filas para entrar em ruínas, dos japoneses de máscaras e luvas com temperaturas de 40ºC ficam as montanhas do norte da Grécia.
Para almoçar é difícil encontrar lugares onde saibam falar inglês, e o tempo corre devagar nos pequenos restaurantes (?) familiares onde sempre se arranjam espetadas, muito embora nem sempre saibam contar o nº de pessoas e a higiene ...bom, já vi melhor.
Mas vale a pena, a paisagem lembra outras paragens e outras culturas.
Há pequenas cidades e aldeias com pontes construídas durante o regime otomano que lembram a ponte de Mostar.
Os doces também tem sabores doutras paragens.
Mas, o que nos trás cá, não são as aldeias, nem os doces, mas sim o desfiladeiro.
Dizem que é o que tem uma maior relação altura/largura, talvez mas também não viemos cá por por isso. O prazer é mesmo ver e já agora descer lá abaixo,....e subir.
Percorrer os seus vinte quilómetros não é possível mas lá que devia ser interessante devia.
Passamos na pastelaria, compramos uns quantos bolos, muito pouco saudáveis, uns bons litros de água e aí vamos nós.
Descer nem foi difícil, a descer até o diabo ajuda, mas subir,...mesmo ao fim da tarde, 40ºC foi uma verdadeira sauna. Um passo dado era menos um passo para dar, e cá em cima havia gelados....
À chegada aquele prazer enorme de ter cumprido o objectivo e obviamente, um gelado.




























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