lugares e sensações

quinta-feira, novembro 29, 2007

Deserto de Sonora

Enquanto caminhávamos cautelosamente, por causa do risco de pisar víboras do deserto, este senhor saltou para o meio do caminho e aí ficou a olhar para nós (paralisados pela surpresa!...).

Não sei o nome, a espécie ou outra identificação qualquer, nem sequer os dados biométricos...
Sei apenas que vive no Deserto de Sonora e que apesar de estranho até é bonito.

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terça-feira, novembro 20, 2007

Caminho de Fátima

Coimbra a Conímbriga ou como 15Km podem passar a 20km

Poderia tratar-se de um roteiro cultural, mas de facto não foi. À saída de Coimbra somos avisados que o Caminho para Fátima foi alterado por motivo de obras.

Uma capela a precisar de obras
Ainda pensamos em seguir na direcção de Penela mas decidimos pelo caminho assinalado como caminho dos peregrinos.

Esta é a face do desenvolvimento
Efectivamente é um caminho de peregrinos e a direcção pode até ser a vida eterna já que a sinalização nos leva na direcção do IC2.

Esta é a face do atrazo de desenvolvimento, falta de respeito pelos peões, num caminho sinalizado e aconselhado para peões (peregrinos)

Coimbra vista do miradouro do Vale do Inferno

Não se percebe bem porquê mas a determinada altura somos encaminhados para uma zona do IC2 limitada por barreiras de cimento, sem passeio e com curvas...o verdadeiro caminho de peregrino.

Com este caminho é mesmo preciso uma virgem protectora

Qual foi a ideia do pintor?

Saltamos a barreira de cimento, descemos umas quelhas, verificamos o mapa, consultamos o GPS e decidimos que estava um dia lindo de mais para se morrer. Seguimos então por uma estrada secundária, o GPS informava-nos que faltavam 2Km para Condeixa a Nova.

O que resta duma fonte e local de descanso no caminho

Estranhas alminhas...

Um mundo de verdes e viçosos


A certa altura surgiram novamente as setas do Caminho de Fátima. Um pequeno problema; o GPS aconselhava um caminho as setas outro diametralmente oposto. Optamos pelas setas enquanto a menina do NDrive repetia até à exaustão: " logo que possível faça inversão de marcha"-isto em modo pedestre soa estranho.

Ena! Tantas sopas...
Uma capela em sintonia com a envolvente
A espera do Inverno
Jardim do Museu de Conímbriga
A distância a Condeixa ia aumentando, a fome também...agora eram 5Km. Pelo caminho árvores, muitas árvores, alfobres de alface, couves e até agriões com um aspecto saudável mas cru! Eram 3h e 30m quando chegamos a Conímbriga.
Museu

Resolvemos entrar, não nas ruínas, mas no restaurante. Como a cozinha tinha fechado ficamos pelas sandes de galinha e lombo e pelo arroz doce. Como a fome era grande souberam a manjar dos deuses.
Eram cerca de 15 km antes de começar foram cerca de 20km ao terminar...

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sábado, novembro 17, 2007

Caminho de Fátima
Sargento Mor a Coimbra, 11 Km

É altura de abandonar a Nacional 1, IC2 que a partir de aqui se transforma em via rápida interdita a peões.
Segue-se sempre por estradas secundárias, pequenas povoações, áreas rurais deliciosas entre choupos e áreas de cultivo.
É estranho o facto de passarmos por várias estações de tratamento de águas ao mesmo tempo que do outro lado da estrada um ribeiro, lar de aves e outros animais apresenta uma cor indefinida entre o verde e o azul resultado de poluição impune.
Fora este facto o caminho é muito bonito e bem sinalizado. É de realçar no entanto que os mapas Ndrive, Michelim e Sapo não aconselham este trajecto. Assim ou optamos pelo GPS ou nos aventuramos num caminho onde podemos deixar de ver a sinalização.
Nós seguimos as setas e ainda bem. O caminho aconselhado pelo GPS segue por zona mais povoadas com fábricas e armazéns, um caminho deprimente.
No caminho voltamos a encontrar as capelas do meio da estrada, a servirem de placa central, etc
Uma moda menos acentuada que noutras etapas mas presente.
O verde da vegetação perene alterna com as folhas vermelhas caducas das vinhas num quadro bucólico de Outono. Que a luz do verão de São Martinho torna ainda mais mágico.

O vinho e o azeite, estamos no mediterrâneo
A luz mágica
Restos de romaria

O pastor e as suas ovelhas
O pai e os filhos
Depois da colheita
Seria perfeito se a água não fosse um depósito de químicos


Onze quilómetros à frente surge o Choupal que nos lembra o fado e a Universidade. A cidade vai surgindo e sobre ela a Torre. Chegamos. Mais uma vez o GPS está desactualizado no que se refere aos restaurantes abertos. É dia de São Martinho e escolhemos lombo com castanhas assadas. Erro fatal, o lombo vem com castanhas e ....batatas fritas! Há cozinheiros que nunca comeram os pratos que cozinham toda a certeza!
Deixemos as coisas tristes e sigamos adiante.
Hoje o objectivo é terminar o dia em Portugal dos Pequenitos. Pelo caminho o Antigo Mosteiro de Santa Clara chama a nossa atenção.
A última vez que lá entrei foi há muitos anos e estava muito degradado e parcialmente soterrado. Hoje não se pode entrar mas as obras em curso parecem valer a pena.
Santa Clara, as obras...
É a hora da recompensa para os pequenos, 11 km nas pernas foram apenas o aquecimento par uma tarde de correria entre réplicas de casas típicas e monumentos.

Apraz-me dizer que as explicações acerca dos PALOP foram actualizadas e os contrastes com as explicações do Estado Novo (que se mantém no interior) nos mostram como a forma de pensar e estar de um povo podem mudar em menos de um século.

Richelieu-museu do traje, Portugal dos pequenitos
Óculos no museu do traje-Portugal dos pequenitos

O que não mudou foi a alegria das crianças correndo, brincando, lendo e aprendendo sobre o seu País.

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