Na fronteira de Marrocos, a imagem do Sara
A estrada que liga Erfoud a Zagora é estreita mas como o trânsito é escasso anda-se muito bem.
Logo à saída de Erfoud temos a estranha sensação que o mar se abriu, tal como na Bíblia, para nós passarmos. É que a disposição das rochas em camadas oblíquas, erodidas nas faces, recorda-nos o mar que já aqui existiu.
Passamos um único rio na longa estrada até Zagora. Não há pontes, pelo que passamos sobre a água. Depois a vegetação é muito escassa salvo os raros oásis que ficam à esquerda da estrada. À direita fica Djebel Sarhro, a cadeia montanhosa do Anti-Atlas, uma cadeia de montanhas tão agrestes e secas que é difícil imaginar que possa haver pior.
Nestas remotas montanhas vivem ainda alguns nómadas descendentes dos que resistiram ao Protectorado francês.
A escassez de água é enorme mas em alguns pontos há placas a indicarem locais de água potável.
A planície à esquerda, para sul, estende-se por vezes até perder de vista, outras vezes há montanhas secas e agrestes. Apenas algumas árvores resistem nestas paragens. Em Dezembro é agradável passear por aqui, mas no verão isto deve ser um inferno.
Atravessando o rio
Estrada em obras
As três amigas 



A pequena aldeia de Mhamid fica num oásis antes de se passar a fronteira para a Argélia. Em Dezembro os turistas são escassos, talvez por isso no fim da única rua existente tínhamos cinco jipes a oferecer boleia e guias para o deserto. Era fim de tarde e tempo de voltar a Zagora. deixamos Mhamid a sua rua poeirenta e desorganizada.


Aqui vende-se tudo, até animais vivos, se os quisermos...

Prender as dunas, uma tarefa difícilEtiquetas: Deserto do Sara, Erfoud, Mahamid, Vale Draa, Zagora


































