lugares e sensações

segunda-feira, abril 28, 2008

Serra do Gerês, Portugal
Da Cascata do Arado aos Prados do Conho
A Serra do Gerês está cheia de lugares mágicos e surpreendentes, a cascata do Arado é um deles. A cascata fica junto da estrada de terra e o acesso é relativamente fácil, mesmo para os que não gostam de andar a pé. No entanto, se se continuar o trilho montanha acima as surpresas continuam. À esquerda fica o trilho para a Frecha do Pombeiro, outra cascata ladeada de granito manchado de preto e branco ainda mais bonita que a cascata do Arado, à direita e sempre a subir fica o trilho para os Prados do Conho. Uns prados onde corre um riacho e pastam vacas, rodeados de picos de granito.
Cascata do Arado
Sobreviver com pouco
Ciclos de vida numa serra dura para os seres vivos
Abrigo de pastoresRio arado antes de cair na sua cascataPrados do Conho
Qualquer local é um bom local para florir
Plantas sem e com flor

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domingo, abril 27, 2008

Caminho de Fátima

Conimbriga a Pombal

O inicio da caminhada começou junto do Museu e após um café no seu agradável café.
Atravessamos Condeixa a Velha e alcançamos o IC2 percorrendo durante algum tempo uma pequena estrada secundária que lhe é paralela. Depois ou se conhecem bem as estradas municipais ou a opção é mesmo o IC2. Foi este o trajecto que escolhemos até Redinha.
Não há que enganar é sempre em frente, as bermas são más ou inexistentes, o trânsito segue em excesso de velocidade, incluindo os pesados e policia nem vê-la... e ao contrário das outras vezes a aproximação do treze de Maio fez aumentar o número de peregrinos e a probabilidade de ocorrerem acidentes.
Ao longo do caminho, IC2, há vários locais para almoçar. Escolhemos um que ficava numa zona plana. É mais difícil subir de barriga cheia...
O calor e a Primavera brindaram-nos com campos floridos e os jardins estavam cheios de rosas que não esperaram por Maio.
No cruzamento da Redinha optamos por uma estrada secundária que encurtava o caminho e deveria ter menos trânsito.
Com efeito era tão secundária que foi difícil encontrar alguém nos cruzamentos para perguntar por onde era o caminho. Num deles encontramos uma velhinha tão surda, tão surda que após ter perguntado, o mais alto que pude, nos indicou um caminho sem saída. O que terá ela percebido?
Neste trajecto não há um único café até à povoação de Vérigo por isso é importante ter água e comida...
E 26,5km depois chegamos a Pombal...
No céu não havia só andorinhas...
Voltamos a Conimbriga de táxi, pelo caminho havia dezenas de peregrinos mais ou menos cansados que percorriam o IC2 porque afinal este é o único trajecto com sinalização adequada, mesmo que seja o mais perigoso e mais longo, neste caso.

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sexta-feira, abril 25, 2008

Quieta e vigilante- Serpente

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quarta-feira, abril 23, 2008

Zamora, a cidade do Tratado

Corria o ano de 1143, após muitas lutas e desentendimentos, quando os dois netos de Afonso VI de Leão se reuniram nesta cidade para discutir e assinar um tratado de paz, o Tratado de Zamora, era o inicio da Independência do Condado que agora passaria a Reino de Portugal. No entanto o reconhecimento pelo Papa só veio em 1179 na Bula Manifestis Probatum e com ele a despensa de prestação de vassalagem ao Rei Afonso VII. Diz a lenda que foi também na Catedral de Zamora que Afonso Henrique se auto-armou cavaleiro (seria o inicio das licenciaturas em Espanha...) porém a construção da catedral começou no ano de 1140 e só terminou trinta anos depois...
Era Domingo de Páscoa e corria o ano de 2008 quando passei em Zamora e procurei o prato típico de que tanto se falava, Dos y Pingada, num restaurante recomendado. Afinal era Páscoa...
Nunca comi 2 ovos estrelados tão caros...e ainda estou para entender que prato típico era aquele. Que falta me fizeram os rojões, cabrito assado, arroz de cabidela ou mesmo um franguinho de churrasco....
Com comida assim a Independência era inevitável!

Bula Manifestis Probatum
Alexandre, Bispo, Servo dos Servos de Deus, ao Caríssimo filho em Cristo, Afonso, Ilustre Rei dos Portugueses, e a seus herdeiros, in perpetuum. Está claramente demonstrado que, como bom filho e príncipe católico, prestaste inumeráveis serviços a tua mãe, a Santa Igreja, exterminando intrepidamente em porfiados trabalhos e proezas militares os inimigos do nome cristão e propagando diligentemente a fé cristã, assim deixaste aos vindouros nome digno de memória e exemplo merecedor de imitação. Deve a Sé Apostólica amar com sincero afecto e procurar atender eficazmente, em suas justas súplicas, os que a Providência divina escolheu para governo e salvação do povo. Por isso, Nós, atendemos às qualidades de prudência, justiça e idoneidade de governo que ilustram a tua pessoa, tomamo-la sob a proteção de São Pedro e nossa, e concedemos e confirmamos por autoridade apostólica ao teu excelso domínio o reino de Portugal com inteiras honras de reino e a dignidade que aos reis pertence, bem como todos os lugares que com o auxílio da graça celeste conquistaste das mãos dos Sarracenos e nos quais não podem reivindicar direitos os vizinhos príncipes cristãos. E para que mais te fervores em devoção e serviço ao príncipe dos apóstolos S. Pedro e à Santa Igreja de Roma, decidimos fazer a mesma concessão a teus herdeiros e, com a ajuda de Deus, prometemos defender-lha, quanto caiba em nosso apóstolico magistério.

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sábado, abril 19, 2008

Vale de Águia e Paradela, Miranda do Douro-Portugal


A alguns quilómetros de Miranda do Douro, roçando a fronteira e limitado pelo rio Douro fica o miradouro de Vale de Águia.
O percurso a partir de Miranda pode ser feito a pé ou bicicleta pelos trilhos do planalto ou de carro em estradas secundárias pavimentadas até Vale de Águia, daí ao miradouro a estrada não é pavimentada mas está em bom estado.

O miradouro revela-nos um dos locais mais impressionantes das arribas do Douro. O rio corre no fundo de um estreito desfiladeiro de cortar a respiração entre paredes de granito. Seria interessante saber como foi o rio parar lá abaixo mas não há informação disponível na área.


A jusante do miradouro

A montante












Bem na esquina do mapa de Portugal fica a freguesia de Paradela, é lá que o Douro entra definitivamente em Espanha. A poucos quilómetros da aldeia fica o último miradouro do Douro Internacional, dali avista-se o Douro e a estrada para Zamora.

Douro Internacional

Douro EspanholVoltamos então à aldeia para encontrar o caminho para Zamora. No centro da aldeia perguntamos:

-É possível ir para Espanha sem ter que voltar a Miranda ou ir a Vimioso?

-Espanha? Contorna o tanque vira á direita e está lá.

Eram 100 metros...e mudamos de país.

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