lugares e sensações

segunda-feira, março 12, 2007

Caminho Santiago

Ponte Lima -Rubiães

Era uma manhã cinzenta.
Céu cinzento

Desde há alguns dias as previsões eram de chuva forte. Parte do grupo adiou a caminhada por receio da tempestade.
Caminhar na chuva

Os compromissos posteriores levaram-nos a manter a data inicial.
Quando começamos a caminhar a chuva começou a cair a cântaros...Os caminhos pareciam riachos. Várias vezes tivemos que caminhar nos campos, fora do caminho, e o Gore-tex das botas provou então ser eficaz.
Mas a chuva limpa o ar e trás-nos o cheiro da terra que nos lembra a infância na aldeia.
Travessia radical sobre o rio labruja

Esta etapa é talvez a mais dura de todo o caminho para a maioria dos peregrinos.

No entanto o facto de levarmos algumas crianças que não costumavam ir connosco e portanto irmos mais devagar associado ao facto de ser outono, altura de vindimas, colhermos uvas aqui e ali, tornou-o numa das etapas mais agradáveis.
As vindimas e a simpatia dos minhotos...
Caminhar, algo de se aprende a gostar...

A chuva foi apenas um encontro com a natureza.

Perceber o mundo com todo o tempo do mundo...

Depois de passar o cimo da Serra da Labruja, o ponto mais alto do Caminho, o caminho é mais suave até à igreja de Rubiães.
Cruz dos mortos. Colocar uma pedra é o que fazem os peregrinos. Terá sido aqui que franceses durante a invasão terão sido perseguidos pelos camponeses da zona.
Igreja românica de Rubiães séc. XII

Igreja de Rubiães

Pórtico da igreja de Rubiães

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