lugares e sensações

quinta-feira, setembro 25, 2008

Tromso- Harstad


297 km entre a montanha e o mar



Tromso, os pratos árcticos e o seu pôr do sol ficaram para trás. Agora o destino são algumas ilhas do norte da Noruega, ainda dentro do circulo polar árctico. Apesar do tempo solarengo não se prescinde de mangas compridas e casaco.


Pelo caminho fizemos um pequeno desvio para ver uma das cascatas mais frequentadas pelos salmões (não nesta altura do ano). As várias cascatas não impressionam pela altura mas pela anarquia das pedras gigantes que se amontoam no meio do rio. Na altura dos salmões o que mais deve impressionar são os saltos para conseguirem ir desovar.



Harstad localizada na ilha de Hinnoya é conhecida pelo grande canhão nazi que se encontra nos arredores da cidade. Porém o nosso destino é mais para sul. Aqui começam as Vesteralen seguindo-se as Andenes e as Lofoten. As Andenes infelizmente ficam para outra altura. É destas ilhas que partem os safaris fotográficos às baleias e onde a NATO tem um centro.

As Vesteralen ficam perto da costa norueguesa, tem um clima mais ameno que o continente, à mesma latitude, devido à corrente do golfo.
Espantosamente entre o mar e a montanha, num dos poucos locais planos, observo um verdejante campo de batatas. Espantoso porque não sabia que as batatas se davam nesta latitude.


As Vesteralen, no verão, são floridas e muito bonitas, porém pelo facto de ficarem junto de outras ilhas, Lofoten, que a natureza dotou de extraordinária beleza são esquecidas ou passadas a segundo plano. Mais uma vez, infelizmente, tivemos que passar adiante e deixar muito por ver.

Ao longe os picos altos e contínuos das Lofoten já aguçavam a nossa curiosidade. Perante o espectáculo dos picos montanhosos a pergunta é - haverá estradas?


À medida que nos aproximamos a paisagem torna-se cada vez mais majestosa. O mar, a montanha e o céu conjugam-se de forma perfeita nesta ilhas do norte. O céu tem aqui uma cor diferente de todas as que já vi.

Quando era criança adorava a cor da calda bordalesa que se usava para pulverizar as videiras. Este céu faz-me lembrar essa cor. Um azul claro e forte provavelmente por conjugação da latitude, do mar e da montanha, diferente do céu português, também ele muito bonito e causa provável da nostalgia que nos é característica.

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