lugares e sensações

domingo, julho 15, 2007

Uma viagem atribulada
Alitalia- Uma falta de respeito pelos passageiros

Esta é uma história verdadeira, contada na primeira pessoa.
No dia 25 de Junho saí do centro do Porto de Metro na direcção do Aeroporto Francisco Sá Carneiro- a fazer lembrar qualquer grande cidade da Europa....
Apanhei o avião da PGA com destino a Milão. Lá mudaria para outro da Alitalia com destino a Florença onde chegaria às 16h e15m e posteriormente um autocarro directo a Siena onde tinha uma reunião.
Já no Aeroporto de Milão dirigi-me à sala de embarque para Florença. O painel informativo dizia que o voo estava atrasado 30 minutos. Aguardei, aguardei...até que alguém perguntou no balcão ao lado porque não havia ninguém na porta de embarque de Florença visto que já deveríamos estar a embarcar.
Resposta: -O voo foi cancelado. A funcionária do balcão do lado informa-nos que deveríamos procurar as nossas malas porque a Alitalia estava a tentar arranjar um autocarro para nós. Encontrei a minha mala (ao contrário de muitos outros passageiros) no meio da confusão de pessoas e bagagens de diferentes voos e desconheço há quanto tempo ela estava ali. Um funcionário do Aeroporto de Milão levou-nos então até à saída do Aeroporto, tive apenas tempo para comprar uma garrafa de água, estavam mais de 30ºc. A única justificação que nos deram foi problemas técnicos...
A viagem de 350 Km começou por volta das 5 durou 4 a 5 horas. No aeroporto de Florença apanhei o Shutle para o centro da cidade e perguntei ao motorista onde poderia apanhar o autocarro para Siena.
-Autocarro? O último partiu às 21h.
Restou o comboio. Todas as caixas de venda de bilhetes estavam fechadas e restaram as automáticas-tem informações em português.
O comboio, o único para aquela hora, partia às 23h 07m era regional e eu deveria mudar em Empoli.
Tentei saber qual a estação anterior, porém o inglês, português, etc não foi suficiente para me perceberem...
Em Empoli saí do comboio e procurei na noite e estação, vazias e escuras, o comboio que me levaria a Siena. No meio do nada surge um funcionário(?) a quem perguntei qual a linha (Binário) para Siena.
-No binario! Pullman.
A última parte da viagem era de autocarro... mas estranhamente a distância em km era semelhante aquela que eu tinha visto em Florença...e eu tinha andado mais de 30 minutos de comboio...
O autocarro parecia conduzido por doido. Ainda procurei o cinto de segurança mas não o encontrei. A condução dentro das localidades era (para aquele motorista) de 85km/h, a faixa de rodagem era a estrada toda. Todo o meu sono desapareceu... parecia um condutor do INEM sem luzes a assinalar a emergência....
Chegamos!... à estação de caminho de ferro de Siena à 1h 10 da madrugada. A 2 km do centro, sem táxis à vista e com apenas um nº para chamar o táxi (eu nem sabia o indicativo de Itália para ligar do telemóvel...). Um casal de italianos chamaram um e eu aguardei para falar com o taxista. Quando chegou concordamos eu e o casal de italianos numa versão de táxi colectivo que me levaria ao hotel por cerca de 7 euros- aquela hora eu até ia de carroça...a pagar o dobro.
E comer? O único local ainda aberto em Florença era o McDonals, comprei um hamburguer que não consegui comer e cujo aroma permanece nas minhas narinas...
Portanto cheguei ao destino depois da uma da manhã e deveria ter chegado por volta das 18h do dia anterior...mais de 6 horas depois...
Que funcional e bonitos são o nosso Metro e Aeroporto, quanto à PGA fica apenas a memória...
Para que não se diga que só nós funcionamos mal...

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