lugares e sensações

segunda-feira, outubro 08, 2007

O Caminho de Fátima sem promessas
Caminhar além de saudável dá-nos a oportunidade de realizar introspecção e de observação do mundo que nos rodeia e que o automóvel não nos permite. Depois de fazer o Caminho Português de Santiago esta é mais uma oportunidade de conhecer Portugal cumprindo os limites de velocidade...o que o faz parecer bem maior.

O inicio do caminho foi na Sé do Porto era uma manhã fresca de Outono. Tínhamos deixado o carro na Rua Mouzinho da Silveira e começamos a subida até ao topo da colina da Sé. A cidade estende-se em todas as direcções salpicada por edifícios históricos, aqueles por que passamos no dia a dia sem os vermos.

Deixamos então o largo da Sé e passamos pelo primeiro Conde do Condado de Portucale e fundador de Guimarães, Vímara Peres, majestoso no seu cavalo e à frente da sua cidade. Caminhamos então para a margem sul do Douro desfrutando da paisagem magnífica aos nossos pés. A curva do rio e as suas duas margens tão diferentes de um lado e as pontes Dona Maria e Infante do outro.


Na rotunda de Santo Ovídeo temos que procurar a placa que nos leva para Nacional 1. Esta é a primeira de muitas vezes em que nos apercebemos que as informações são para os carros e os peões tem que ir ao meio da rua para ver as placas.

Os passeios muitas vezes não existem o que exige atenção redobrada ao trânsito. Mas mau mesmo é passar por cima da autoestrada para chegar aos Carvalhos. A estrada Nacional 1 passa por cima da A1 e tem aqui uma via de acesso à autoestrada. No entanto não há qualquer protecção das bermas o que é perigoso para os peões. Vidros espalhados pelo chão são o testemunho de que este não é um bom lugar para picnic...

Os Carvalhos lembram sempre a autoestrada porque durante muitos anos era aqui que terminava a A1 começava o tormento da Nacional 1.
É hora de almoço. Escolhemos a Churrasqueira dos Carvalhos. O cozinheiro tem de aprender a fazer arroz e leite creme. O arroz era tipo todos unidos venceremos..., o leite creme era mais papa e açúcar. O melão que vinha como sugestão do chefe tinha esgotado... O frango e a sopa de legumes eram óptimos.



É hora de continuar. O destino é Lourosa. Chegamos a meio da tarde e a tarefa é procurar transporte para o Porto. Encontramos um autocarro que fazia lembrar os anos setenta. Alguns assentos já não eram do material original. Chegamos a Gaia já ao anoitecer e aproveitamos para passar a Ponte D. Luís a pé ao invés de seguir na camioneta até ao destino.






As luzes tornam esta cidade ainda mais bonita...

Etiquetas: ,